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O que não é gestão ágil de projetos?

Por Raphael Albino, Colunista do Blog Lecom

Volta e meia participo de discussões onde o tema central da conversa diz respeito a modelos ou sugestões de formas mais enxutas, otimizadas ou ágeis para se administrar projetos. A origem das conversas normalmente gira em torno da concepção de que o PMBok ou qualquer outro framework de gestão tradicional de projetos é muito complexo e burocrático.

Gostaria de deixar claro desde o inicio desta elucubração que não sou a favor de pensamentos carregados por paradigmas, afinal de contas, acredito que uma mente aberta para novos conceitos, técnicas e ferramentas, transformará qualquer indivíduo em um ser mais crítico e, principalmente, aumentará a visão de se enxergar soluções para novos ou velhos problemas.

Mas afinal, o que é gestão ágil de projetos?

Segundo Jim Highsmith, o termo agilidade quer dizer a habilidade de criar e responder às mudanças, buscando a obtenção de lucro em um ambiente de negócios turbulento.

Em 2001, um grupo de autores e responsáveis por diferentes técnicas e metodologias ágeis se reuniu para discutir e deixar claro o sentido da abordagem ágil nos projetos de desenvolvimento de software. O resultado desse encontro foi a concepção do Manifesto Ágil, que estabeleceu os valores nos quais uma metodologia ágil deve se basear. São eles: indivíduos e interações frente processos e ferramentas; software funcionando frente extensa documentação; colaboração dos clientes frente negociação em contratos; respostas às mudanças frente a seguir um plano. Sendo os itens em negrito os mais importantes.

Sustentado pelos valores apresentados acima, Highsmith agrupou, sob as óticas de cliente/produto e gerenciamento, 06 princípios da gestão ágil de projetos.

Figura 1. Princípios da gestão ágil de projetos. Fonte: Adaptado de Highsmith.
Figura 1. Princípios da gestão ágil de projetos. Fonte: Adaptado de Highsmith.

Fica evidente a partir da figura, que os seis princípios propostos pelo autor formam um tipo de “sistema” onde devem trabalhar em conjunto. Enquanto cada conjunto separadamente pode ser útil, a união dos seis ajuda a criar um ambiente que encoraja a utilização das técnicas e, consequentemente, produz os resultados esperados.

Outro autor da área, Augustine, define a gestão ágil de projetos como o trabalho necessário para estimular, capacitar e habilitar as equipes de projeto para entregar valor de negócio de maneira rápida e confiável com o envolvimento dos clientes e aprendizagem contínua, adaptando-se às mudanças do ambiente e de suas necessidades.

Pegando o gancho das definições expostas, gostaria de listar 03 comentários errôneos que por vezes são compartilhados sobre gestão ágil de projetos. São eles:

  1. Projeto ágil não possui documentação. Esta é uma das frases campeãs quando o assunto gira em torno da visão de alguns sobre a falta de formalidade ou processo que gira em torno da gestão ágil de projetos. Nenhum autor diz que não existe documentação em projetos ágeis, mas, é consenso, que serão produzidos somente aqueles artefatos que trarão valor ao desenvolvimento do projeto, dessa forma, você não verá algum relatório (sabe aquele “para inglês ver”?) sendo produzido em um projeto ágil sem um objetivo claro .

  2. Equipes ágeis são desorganizadas. Outro mito. Equipes ágeis são por essência autogerenciáveis e devem ser disciplinadas e organizadas para tal. No meu ponto de vista, esta frase existe em decorrência do que costumo chamar da síndrome do gerente, isto é, nada é possível sem a figura de um gestor. Vocês entenderão o que quero dizer escutando o podcast sobre Ego, Vaidade e Inveja que foi produzido recentemente pelo Ricardo Vargas.

  3. Projeto ágil não acaba nunca. Será que são os projetos ágeis que tem dificuldade em acabar no prazo, custo e escopo inicialmente acordados? Não seria mais fácil assumir que a mudança faz parte da natureza de qualquer tipo de projeto e que tratar e lidar com ela é mais sábio do que enrijecer e ficar preso a um plano?

Gostaria de fechar este texto compartilhando que a gestão ágil de projetos não é a única forma, revolucionária, ultra-hiper extraordinária e pactuada com seres superiores e estelares, de se administrar projetos. A provocação que fica aqui é de que a melhor forma de se gerenciar um projeto é aquela onde existe um alinhamento entre as partes, um objetivo factível, uma visão única e compartilhada entre os membros da equipe e, uma relação sustentável (este item é tópico para um texto específico).

Interessou-se pelo assunto? Não deixe de interagir com as seguinte referências:

E aí, o que achou? Até a próxima.

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