Tecnologias e Notações utilizadas
Hoje vamos discutir a última parte de nossa série sobre os resultados da pesquisa da BPM Global Trends, uma iniciativa excelente na área de BPM, pois nos permite visualizar como está o desenvolvimento das organizações e os resultados alcançados a partir da Gestão por Processos no cenário brasileiro.
Neste post, discutiremos as principais Tecnologias utilizadas pelas empresas, bem como as notações utilizadas e faremos considerações finais sobre os resultados do estudo. Iniciando o post, o gráfico 18 mostra o estado atual da utilização de notações de modelagem de processos.
Podemos observar de antemão que o BPMN (Business Process Model and Notation), a qual foi indicada por 53,11% dos profissionais participantes, é a mais utilizada pelas organizações. Os fluxogramas tradicionais foram indicados por 37,58% dos respondentes, seguidos pelo EPC (Event-driven Process Chain) com 4,66%.
Já no que se refere às ferramentas adotadas para modelagem de processos, podemos identificar que a maioria das organizações, isto é, 49% utilizam o Bizagi. A segunda ferramenta mais utilizada, em 44% das organizações, é o Microsoft Visio.
No gráfico 20 verificamos que 63% do total de participantes não utiliza ainda nenhuma ferramenta para automatizar processos, ou seja, ainda existe uma grande fatia do mercado inexplorada. O AtosBPM aparece com 1% do total e um grande potencial de crescimento.
Ao analisar a utilização das ferramentas BPMS podemos observar que 84% dos profissionais fazem uso visando a modelagem de processos. Neste contexto, a modelagem de processos é utilizada para documentação, bem como para discutir melhorias nos processos. Já na utilização de workflow, 32% dos profissionais declararam a utilização, com o objetivo de diminuir o prazo e ter maior controle das atividades.
Partindo para a conclusão da pesquisa, verificamos que a maior restrição para a evolução de BPM nas organizações se trata da falta de cultura organizacional favorável, fato indicado por 41% dos profissionais. O segundo maior fator que restringe a evolução do BPM foi a falta de patrocínio da Alta Administração, citada por 21% dos profissionais.
Neste contexto, podemos identificar dois fatores como os principais desafios para o crescimento do BPM no Brasil: a falta de patrocínio e envolvimento da alta administração, bem como a difusão de uma cultura que objetive a Gestão e a Melhoria dos Processos de Negócio.
O que podemos concluir é que o BPM apresenta um grande mercado pela frente, nutrindo expectativas das organizações e profissionais que trabalham com Gestão por Processos. Ainda existem diversos desafios e barreiras a serem vencidos, mas cresce cada vez mais o reconhecimento de que o BPM pode gerar resultados muito expressivos para as organizações, trazendo ganhos para todas as áreas e promovendo a Excelência Operacional das empresas.
Acesse aqui a pesquisa completa da BPM Global Trends! Para rever os posts desta série clique: